Eles representaram o Brasil – e o Colégio – no mais prestigiado torneio de debates escolares do mundo, realizado no campus da Universidade Harvard, em Cambridge, Massachusetts.
Além de uma experiência enriquecedora e inesquecível, que viveram entre 02/04 e 07/04, nossos alunos voltaram de lá com a sensação de que atingir o alto nível da competição é uma possibilidade concreta, que pode acontecer em breve.
Antonio de Luna Neto, Arthur Gutierrez e Yasmin Wandeplas, estudantes da 2ª série do Médio aqui no Uirapuru, contaram que a expectativa antes da viagem era a de encontrar debatedores e debates em um nível muito acima do deles. Chegando lá, porém, tiveram a surpresa de perceber que o alto nível internacional está ao seu alcance.
“Foi uma experiência sensacional e deu esperança pra gente acreditar que pode conquistar mais, que dá para chegar mais longe do que a gente chegou nesse campeonato. Parecia algo impossível antes, mas agora sabemos que não é”, revela Arthur.
“Foi muito, muito bom. Para melhorar os nossos níveis de debate, conhecer pessoas novas, conhecer estilos diferentes, foi muito mágico”, conta Yasmin. “A gente volta com uma carga de debate diferente da de antes, tanto por ter praticado como pela preparação que tivemos.”

Antônio também destaca que integrar o time brasileiro e participar em Harvard geram uma projeção importante, tanto para eles como para o Colégio.
“A gente fortaleceu a relação com o pessoal do Instituto Brasileiro de Debate (IBD), porque viajou com eles. Nosso nível de debate agora, dentro do Brasil, é muito alto. E participar de um campeonato representando o Brasil também é um feito importante”, completa o estudante.
Leia mais: Alunos vão competir em torneio de debates de Harvard pela equipe do Brasil
Desafios linguísticos e culturais: aprendizados além dos debates
Os alunos do Colégio concordam que um dos principais desafios dos debates em Harvard foi a língua.
“O campeonato é em Inglês, então tem debates contra equipes canadenses, por exemplo. São pessoas que debatem na língua materna, que conseguem estruturar os argumentos mais facilmente”, explicou Antônio. Apesar dos três terem um nível de Inglês muito bom, essa não é sua língua materna, então o tempo de raciocínio ou de escolha adequada das palavras é maior que o de um nativo.
Arthur compartilhou outra dificuldade relacionada ao idioma, ao debater com pessoas de outros países, com sotaques diversos e muito acentuados. “Não entender o que a pessoa está falando por causa disso ou porque ela usa expressões que a gente não conhece gera muita frustração.”
Para Yasmin, lidar com a frustração foi outro exercício importante durante o torneio. Ela relatou que, em um debate, a outra equipe era do Canadá e não havia entendido corretamente a proposição, criando uma argumentação inteira “fora do tema”. A equipe brasileira finalizou o debate com a certeza de que havia ganhado, mas o juiz anunciou a vitória para os canadenses – apesar do erro cometido.
“Eu tinha dormido só uma hora nesse dia e fiquei muito frustrada. Comecei a chorar na frente do juiz, com todo mundo ali, não consegui me conter. E esse tipo de reação não é o que se espera”, revelou a estudante.
Outro aspecto de dificuldade são as diferenças culturais e como elas afetam a comunicação. “Como brasileiros, a gente tem uma maneira de pensar, de ver o mundo, que é muito subjetiva nossa. Então tem coisas que pra gente são muito intuitivas, mas para o outro, não. E é a mesma coisa para as outras equipes”, esclarece Antônio. Ao mesmo tempo, lidar com essas diferenças e criar pontes para o diálogo são alguns dos pontos que fazem a experiência ser tão rica.
Conexões internacionais e trocas culturais
Apesar de todos os desafios, a participação no torneio proporcionou encontros marcantes com estudantes de diversas partes do mundo, como Marrocos, Gana, Austrália, Portugal, Itália e muitos outros.
Arthur contou que os americanos e canadenses pareciam mais reservados, mas as equipes do México, de Ruanda e da Índia, por exemplo, se aproximaram muito naturalmente para conversar e tirar fotos.
“Eles eram super gente boa, queriam saber sobre os campeonatos no Brasil e a cultura de debate aqui.”
Já Yasmin conheceu e ficou muito próxima de uma estudante de Ruanda.
“Foi uma troca muito legal. Continuo conversando com ela pelo Instagram e é uma amizade que acho que vou levar para a vida”, declarou a aluna do Uirapuru.
Inspiração para o futuro
Participar do Harvard Schools também aproximou os estudantes do sonho de cursar a graduação na melhor e mais tradicional universidade americana.

“Eu tinha uma visão de que Harvard era uma coisa impossível, inalcançável. Então, estar lá, pisando as graminhas verdes de Harvard, mudou um pouco isso”, revelou Yasmin Wandeplas. “Eu quero fazer Direito e conheci o prédio da Harvard Law School, que é simplesmente lindo, gigante. Dá uma vontade de estar todos os dias naquele campus.”
Arthur e Antonio desejam cursar Engenharia e já tinham a intenção de fazer faculdade nos Estados Unidos, onde os cursos nessa área são referência.
Para Antonio, viver essa experiência aumentou sua motivação. “Você vê pessoas do Brasil que eram debatedoras e que conseguiram, então pensa: ‘um dia eu quero estudar aí também e acho que posso conseguir”.
Arthur também se sente mais motivado a buscar esse sonho. “Agora eu já vi como é, né? Basicamente é uma visão do futuro, você vê como seria estudar em um lugar como aquele, ter aquela rotina, e já não parece tão distante assim.”
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