Comunidade Uirapuru

Dra. Alessandra Borelli aborda o uso seguro e saudável da internet para crianças e adolescentes


Sorocaba, 18 de maio de 2024 — Nas duas últimas edições dos Diálogos pela Educação, o Colégio Uirapuru recebeu a advogada especializada em direito digital e segurança de crianças e adolescentes na internet, dra. Alessandra Borelli. Em duas palestras dedicadas às famílias de todos os segmentos do Colégio, ela discutiu a importância do uso seguro e saudável da internet por crianças e adolescentes.

Os estudos realizados pela Dra. Alessandra e as suas ideias são parâmetros para o Colégio. Atualmente, há um trabalho desenvolvido pela Coordenação Pedagógica e pela Orientação Educacional com os estudantes sobre práticas de educação midiática e cidadania digital.

 

De acordo com a advogada, muitos dos problemas com crianças e adolescentes na internet se deve à falta de informação correta. Ela explicou que a falsa sensação de anonimato que as pessoas têm no uso de redes sociais, por exemplo, leva a crer que não é possível identificar e punir quem comete crimes e ilícitos virtualmente.

Mas a verdade é que o comportamento no ambiente virtual tem consequências como nos ambientes presenciais. Por isso, é preciso sempre estar atento para as experiências de crianças e adolescentes na internet, uma vez que as regras que valem na “vida real” são as mesmas para a “vida virtual”.

Se não deixamos nossos filhos frequentarem locais desconhecidos nem andarem sozinhos em diversas situações “concretas”, também não podemos deixá-los sozinhos nos milhares de ambientes sombrios que a internet possui.

Se a criança e o adolescente não podem falar com estranhos e com quem não conhecem na rua, no parque, no clube ou no shopping, o mesmo vale para desconhecidos em redes sociais, jogos e aplicativos de mensagem. 

Da mesma forma, se a família exige um comportamento ético da criança e do adolescente, deve agir de acordo com o seu discurso e ser um exemplo de conduta. Assim, os adultos também devem se policiar sobre o uso e o tempo no celular, cuidar da forma como se comportam em redes sociais, não ofender ninguém, não compartilhar dados ou imagens sem autorização etc.

 

Qual a idade certa para dar celular aos filhos?

A Dra. Alessandra argumentou que, quanto mais tarde uma criança ou um adolescente tiver acesso ao celular e à internet, melhor será para sua saúde mental e física. Há diversos estudos e pesquisas, amplamente divulgados por pediatras e hebiatras, que evidenciam riscos ao desenvolvimento causados pelo aumento do uso de telas na infância e na adolescência.

Alguns desses riscos incluem: suspensão da interação com as pessoas e com o mundo à sua volta, ansiedade, dificuldade de concentração, atenção e de manter o foco por períodos mais longos, problemas alimentares, de visão, de sono e depressão.

Para evitar ou mitigar esses problemas, a Organização Mundial da Saúde (OMS) desenvolveu uma estimativa para o tempo de exposição ideal a telas em cada faixa etária:

  • 0 a 2 anos: não devem ter qualquer exposição
  • 2 a 6 anos: 1 hora por dia
  • 6 a 10 anos: 2 horas por dia
  • acima dos 11 anos: até 3 horas por dia

 

Contrato de uso: limites e responsabilidades

A advogada enfatizou que, quando os pais decidirem permitir o acesso, devem garantir previamente que os filhos estejam preparados para usar esses recursos de forma responsável e segura. 

Para auxiliar as famílias a tentar assegurar o uso saudável e responsável, a Dra. Alessandra criou um “contrato” que estabelece condições e limites claros. Esse documento deve ser lido e assinado pela criança ou pelo adolescente, promovendo um comprometimento mútuo. 

A advogada destacou que as condições de uso de internet e celular devem ser regidas pela tríade da civilidade, que é inegociável e já deve ser adotada em casa, fora das telas: saúde, segurança e valores, como respeito, tolerância e humanidade.

Esse contrato pode incluir cláusulas como:

  • não compartilhar senhas e informações pessoais na internet (endereço de casa, nome da escola, lugares que frequenta, nome de familiares, documentos, fotos, assuntos etc)
  • não conversar com estranhos;
  • nunca aceitar estranhos como amigos nas redes sociais;
  • não ofender nem responder a ofensas;
  • não marcar localização nas redes sociais;
  • sempre contar a verdade aos pais, por mais difícil que seja;
  • sempre contar aos pais sobre qualquer coisa estranha que aconteça; 
  • deletar fotos constrangedoras recebidas;
  • jamais compartilhar fotos de outras pessoas sem a autorização delas;
  • pensar muito bem nas consequências dos próprios atos antes de escrever, postar, compartilhar, curtir, comentar ou reagir a qualquer coisa.

 

Acompanhamento constante da família

Alessandra lembrou ainda que os pais são responsáveis civil e penalmente pelas ações de seus filhos na internet. Portanto, devem acompanhar 

de perto suas atividades digitais, monitorando com quem conversam, o que jogam, o que compartilham, quem aceitam como amigos, o que leem etc.

Essas atitudes, somadas ao diálogo constante sobre o que acontece na escola e aparece na mídia, ajudam a prevenir que as crianças e os adolescentes se envolvam em crimes digitais, como vítimas ou como infratores.

Conversar sempre ajuda a manter a criança protegida e segura, além de evitar gastos com advogados, caso algo venha a acontecer. Para isso, é preciso manter um canal de diálogo aberto e acessível em casa, para que crianças e adolescentes não escondam informações importantes por medo de serem repreendidas.

Crimes digitais: conscientização e prevenção

Outro aspecto essencial trazido pela Dra. Alessandra foi sobre os crimes digitais. Para preveni-los, é preciso antes que crianças, adolescentes e adultos saibam quais são eles. Alguns exemplos:

  • cyberbullying
  • racismo
  • uso indevido de imagens
  • ameaça
  • calúnia 
  • difamação
  • incitação ao crime
  • violação de direitos autorais
  • falsa identidade
  • chantagem/extorsão
  • divulgação ou compartilhamento de informações e dados pessoais sem autorização 

 

A advogada explicou também que é preciso entender que a liberdade de expressão tem limites, não é um direito absoluto. Dessa forma, fazer um comentário que seja racista, constranja, ameace, calunie ou incite a qualquer crime não é liberdade de expressão, pois viola os direitos e a segurança de outras pessoas. O adolescente deve saber que tem o direito de se expressar, desde que sua expressão não seja um crime previsto por lei.

Também é preciso estar atento aos riscos dos grupos de WhatsApp, de acordo com a dra. Alessandra. Se alguém comete algum desses crimes em um grupo do qual você faz parte, mesmo que não comente, compartilhe, reaja, curta ou nem tenha visto, você também é responsabilizado pelo crime de omissão. Assim, se não consegue acompanhar as conversas em um grupo e não sabe do que estão falando, o melhor é sair antes que ocorra algum problema.

 

Para aprender: a internet segura para crianças e adolescentes

  • Idade mínima recomendada: quanto mais tarde o acesso ao celular e à internet, melhor para a saúde das crianças.
  • Contrato de uso: estabelecer limites e condições claras de uso.
  • Acompanhamento da família: monitorar as atividades digitais dos filhos e garantir que estejam seguras.
  • Combate ao cyberbullying: entender os riscos e impactos do bullying digital e como preveni-los.
  • Educação e exemplo: os adultos devem praticar, ensinar e modelar o uso ético e responsável da tecnologia.
  • O compromisso com uma internet segura para crianças e adolescentes é um esforço contínuo de educação, diálogo e exemplo.

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Comunidade Uirapuru

O Colégio Uirapuru e o crescimento de Sorocaba


Alunos de uniforme caminham em rua de terra que viria a ser parte do novo centro financeiro de Sorocaba
Crianças do Colégio exploram o Jardim Emília, na rua Romeu do Nascimento, ainda sem asfaltamento, em 1989

O Colégio Uirapuru foi concebido e idealizado pelo professor Arthur Fonseca Filho, que desde o início buscava uma área que comportasse uma escola para crianças e adolescentes, do Berçário ao Ensino Médio.

Inaugurado em 1989 e localizado nos limites finais do Jardim Emília, onde começava o novo bairro do Campolim, o Colégio foi um dos pioneiros na ocupação da área, que se transformou no novo centro financeiro de Sorocaba ao longo das décadas seguintes.

Assim, além de uma referência em educação na cidade, o Uirapuru sempre foi um agente importante no crescimento de Sorocaba em direção à região Sul. 

Glaucí Pletsch, a primeira coordenadora da escola, recorda que sua primeira impressão sobre o local foi a respeito da distância em relação ao centro da cidade na época. “Quando o Arthur me convidou para conhecer o lugar, eu achei longe. Não sabia se as pessoas topariam ir até lá porque a nossa referência na época era outra”, ela conta.   

Terreno limpo sem construção, com casas bem ao fundo
O terreno do Colégio antes da construção, em um Jardim Emília ainda pouco ocupado

“Realmente, naquela época, era longe mesmo. Sorocaba se concebia, basicamente, como o Centro e o Vergueiro”, comenta Arthur Fonseca Filho.

A região Sul é mais próxima do limite administrativo da cidade, na divisa com Votorantim. Começou a se expandir com o crescimento do bairro Vergueiro, como uma extensão do Centro, seguido pela criação de bairros como o Jardim Emília e o Jardim Faculdade.

Para se ter uma ideia, o Uirapuru chegou antes de algumas referências da região, como:

 

Leia mais: Uirapuru: 35 anos de educação de qualidade em Sorocaba

Sorocaba cresce: a perspectiva de um ex-aluno do Uirapuru

Esse contexto histórico foi compartilhado pelo arquiteto João Luís Bengla Mestre, que fez graduação e mestrado na FAU-USP, onde entrou assim que terminou o Ensino Médio no Uirapuru, em 2000. Atualmente, ele é professor de História da Arquitetura na Facens e um dos sócios do escritório 2BNV Arquitetos

Ele estudou a evolução urbana de Sorocaba em sua dissertação, mas, o início da história do Colégio, João acompanhou desde criança. Em 1989, ele era um dos alunos da primeira sala de pré do Uirapuru, quando um passeio até o Parque da Biquinha era uma grande aventura.  

 

O Colégio na vanguarda da expansão urbana

Nessa época, o entorno imediato da escola ainda apresentava uma ocupação residencial rarefeita, com muitas quadras inteiras sem ocupação. “O Colégio foi construído no final dos anos 1980, em uma dessas quadras ainda não ocupadas do Jardim Emília, e convivia em suas proximidades com extensas áreas de terreno baldio”, complementa o arquiteto. 

As duas faixas da av. Antonio Carlos Comitre quase sem ocupação em 1988, quando Sorocaba crescia em direção à região Sul.
A av. Antonio Carlos Comitre em 1988, um pouco antes da inauguração do Colégio (Fonte: Projeto Memória | Jornal Cruzeiro do Sul)

O arquiteto conta que o Campolim, loteamento lançado no início dos anos 1980, também tinha uma ocupação tímida naquele momento. O início da expansão do bairro como um novo centro de comércio e serviços coincidiu com os primeiros anos do Colégio, que, por si só, sempre foi um importante polo de atração de pessoas. 

Maquete em preto e branco do Colégio Uirapuru mostra a rua Romeu do Nascimento, que, nesse momento da expansão de Sorocaba, quase não tinha outras construções.
A maquete do Colégio e a fachada em construção

A fachada do Colégio durante sua construção, que foi pioneira no crescimento de Sorocaba na região Sul.

 

 

 

 

 

 

 

 

Crescimento de Sorocaba na vertical

A inauguração do Carrefour, em 1990, e do Shopping Esplanada, em 1991, incentivou a criação de um eixo comercial na principal via de acesso do bairro, a avenida Antônio Carlos Comitre.

Dessa maneira, a dinâmica urbana da região passou a integrar lojas, restaurantes, agências bancárias, hotéis, academias, consultórios e salas de escritório de forma cada vez mais significativa. Ainda havia uma grande quantidade de residências, mas elas também seriam cada vez mais buscadas e ocupadas por escritórios, consultórios e estabelecimentos residenciais. 

A partir dos anos 2000, altas torres em estilo pós-moderno e contemporâneo começaram a surgir. Assim, a região passou a exibir uma paisagem mais verticalizada, além de uma aquecida vida urbana.

 

O Colégio se expandiu e Sorocaba cresceu na região, com a inauguração da nova rua onde o novo Berçário estava em construção.
A construção do prédio do Berçário, em 2011, na recém-inaugurada rua Profª Mara Cabral Barbosa, que foi coordenadora pedagógica do Colégio

 

No coração do novo polo da cidade

A área do Colégio integrou essas transformações, influenciando-as e sendo influenciada por elas. Segundo João, enquanto o Uirapuru se consolidava como instituição e expandia seu espaço físico, aquelas quadras antes “esquecidas” de seu entorno imediato começaram a atrair a atenção de construtoras e incorporadoras. 

A partir daí, o lançamento de empreendimentos comerciais e residenciais de alta densidade no entorno do Colégio se intensificou de maneira aguda. Essa tendência permanece, com muitas obras e lançamentos em andamento até os dias de hoje. A região, de início pouco habitada e movimentada, passou a concentrar uma diversidade cada vez maior de serviços, comércios, residências e opções de cultura e lazer. 

A oferta de serviços variada e qualificada, assim como a qualidade de vida, atrai novos moradores ano a ano, de cidades como São Paulo e Campinas. Assim, o movimento iniciado há mais de 35 anos, do qual a inauguração do Colégio fez parte, continua alimentando o crescimento de Sorocaba nessa região. 

 

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Comunidade Uirapuru

História do Colégio Uirapuru: 35 anos de educação de qualidade em Sorocaba


A história do Colégio Uirapuru teve início com um sonho antigo do professor Arthur Fonseca Filho, fundador e idealizador da escola: oferecer educação de qualidade em um espaço amplo e acolhedor, onde os alunos entrassem na infância e ficassem até o final do Ensino Médio. Uma escola que fizesse parte da vida e da história de seus alunos.

Casinha de boneca de alvenaria com crianças brincando em volta, no primeiro parque do Colégio Uirapuru
Casinha de boneca (esq.) e primeiro parque do Uirapuru (dir.)

Crianças brincam em casinha colorida de madeira com balança no primeiro parque do Colégio Uirapuru

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Depois de 35 anos, o Uirapuru construiu uma identidade própria, que integra afetividade e qualidade acadêmica, e se consolidou como uma das melhores escolas de Sorocaba, com uma estrutura moderna e uma equipe dedicada e de excelência. 

Leia mais: O Colégio Uirapuru e o crescimento de Sorocaba

 

Renovação da tradição: da OSE para o Uirapuru

A família Fonseca tem uma forte ligação com a educação e, antes do Uirapuru, Arthur foi diretor da OSE (Organização Sorocabana de Ensino), tradicional núcleo de ensino técnico da cidade, que, nos anos 1980, passou a oferecer também Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio.

No entanto, o prédio, localizado no centro de Sorocaba, já estava no limite de sua capacidade e não comportava mais a visão que seu diretor tinha para a educação.  

 

Anúncio do Colégio Uirapuru no jornal "Diário de Sorocaba", em agosto de 1988
Anúncio do Colégio Uirapuru no jornal “Diário de Sorocaba”, em agosto de 1988

“A OSE do centro não tinha mais espaço para crescer e o terreno do Uirapuru era um sonho para uma escola. E, apesar de recém-inaugurado, o Colégio nasceu com a referência e a tradição da OSE”, comenta Glaucí Pletsch, primeira coordenadora do Colégio, que também participou da construção da identidade educacional da instituição.

Os 3 filhos do professor Arthur acompanharam a tradição da família com a educação e sempre estiveram envolvidos com o Colégio. Atualmente, Arthur Fonseca Neto é diretor administrativo, Renato Machado de Araujo Fonseca é diretor operacional e Carolina de Araujo Fonseca é coordenadora da formação bilíngue.

O começo pequeno de uma grande escola

“O projeto foi feito pelo (arquiteto) Freitas Júnior, mas, inicialmente, havia um número pequeno de classes. Começou com o primeiro bloco, onde funcionavam o Fundamental 1 e a Educação Infantil no térreo e, no andar de cima, o Fundamental 2”, explica Arthur.

O professor Arthur Fonseca Filho abraça um aluno do Colégio Uirapuru
O professor Arthur (esq.) e a Tia Glaucí (dir.)

Tia Glaucí, primeira coordenadora do Colégio Uirapuru, cercada por alunos

 

 

Dessa maneira, em fevereiro de 1989, o Uirapuru recebeu seus primeiros alunos, que somavam 130 crianças de 4 a 10 anos no final desse primeiro ano. “Em 1989, havia apenas uma classe de cada turma, e a escola funcionava só no período da tarde. Naquela época, a procura pelo período da manhã era muito baixa. Hoje isso mudou completamente”, comenta o diretor.

Glaucí relembra que, no início, havia apenas sete professoras regulares, do Jardim 1 à 4ª série. A Educação Infantil era composta pela Tia Aparecida Sueli, Tia Fernanda, Tia Carol e Tia Inês. O Fundamental 1 tinha Tia Soninha, Tia Beth, Tia Graça (in memorian) , Tia Sílvia e a Tia Mara (in memorian), que foi coordenadora pedagógica do Colégio e dá nome à rua do Complexo Esportivo e do Berçário

Além delas, a Tia Renatinha, professora de balé, e dois professores de Educação Física compunham a equipe inicial: o querido Tio Gê, que segue no Colégio, para alegria das crianças e das famílias, e o Tio Fernando.

Aula de Educação Física com o Tio Gê pulando corda e várias crianças em volta
Educação Física com o Tio Gê: um clássico

Crianças segurando bambolês em aula de Educação Física com o Tio Gê na primeira quadra do Colégio

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Qualidade docente: um princípio inegociável

Glaucí destaca que uma tônica da escola sempre foi a excelência do corpo docente e a formação dos professores. Até hoje, os profissionais são incentivados a fazer mestrado, doutorado, pós-graduações, cursos de atualização e a participar de congressos. Além disso, havia um investimento significativo em professores especialistas, como de Música e Artes.

“O Arthur também sempre fez questão de que as classes, da Educação Infantil e do Fundamental I, tivessem uma professora e uma auxiliar”, conta Glaucí.

Formação integral e prática esportiva

Além da excelência acadêmica, o Colégio Uirapuru priorizou, desde o início, os esportes e a Educação Física. “Por isso, sempre houve também um investimento em espaços apropriados para a prática de esporte, como as quadras, a piscina, o Ginásio e, mais recentemente, o Complexo Esportivo”, complementa Glaucí.

Imagem da piscina do Colégio sendo construída, com azulejos apenas nas laterais e sem água
A piscina (esq.) e o Ginásio (esq.) em construção

Imagem interna do Ginásio durante a construção

 

 

 

 

 

Um pássaro brasileiro: a origem do nome

O nome do Colégio também foi escolhido cuidadosamente. “Eu tinha para mim que a escola não devia ter um nome de pessoa, então fomos pesquisar nomes. Eu também queria que fosse um nome brasileiro”, conta o fundador. Havia, perto do Colégio, um loteamento chamado Jardim Uirapuru, que deu a ideia inicial. 

Uma grande letra U em preto com o contorno de um passarinho verde: primeiro logo da escola
O uirapuru no primeiro logo do Colégio e no atual (esq.)

Logo atual do Colégio, com passarinho dentro de um círculo verde.

 

 

“Então, fizemos uma pesquisa sobre esse pássaro brasileiro e o ele que significava. Como a lenda do Uirapuru é muito bonita, optamos por esse nome”, revela.

Atualmente, o Colégio tem mais de 1.500 alunos do Berçário ao Ensino Médio, já formou 30 turmas e conta com 103 professores. Ao longo de mais de três décadas, a escola impactou a vida de milhares de estudantes e famílias. Assim, o Uirapuru celebra a visão e a proposta educacional de seu fundador, além das inovações que o mantiveram como uma instituição educacional de excelência em Sorocaba e região.

 

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Acontece no Uirapuru

Festa Junina do Colégio faz viagem pela cultura brasileira


A Festa Junina é o maior e mais tradicional evento do Colégio, que valoriza muito essa que é uma das principais festas populares brasileiras. O evento aconteceu no dia 03/06, um sábado lindo de sol e noite de lua cheia, e reuniu mais de 2.500 convidados, sem contar os alunos, que se divertiram ao longo do dia.

Com o tema “Diálogos entre os povos”, que segue o tema do ano da Unesco para as escolas associadas, nossa Festa Junina celebrou as expressões culturais de diversas regiões do Brasil. Do coco do Maranhão, passando pela chula e a balainha do sul do país, até as danças típicas do boi, cada detalhe foi cuidadosamente pensado e organizado pela equipe do Colégio para representar a riqueza da nossa cultura.  

A Festa Junina do Colégio teve novamente a animação e o som delicioso da Banda da Feira, que embalou todas as danças, dos bebês do Berçário aos jovens do Ensino Médio.

As  barracas de brincadeiras e gostosuras juninas típicas ficaram por conta das entidades beneficentes de Sorocaba, como Afissore, Amas, Lar Casa Bela, Educandário Santo Agostinho, Casa André Luis e Peregrinos do Cuidar. E, como sempre, as turmas do 9º ano do Fundamental II e da 3ª série do Médio também se organizaram com a venda de espetinhos de morango e pastéis, para arrecadar fundos para a formatura.  

Mais uma vez, celebramos com muita alegria a cultura brasileira, a diversidade e o espírito comunitário, valores fundamentais do nosso currículo. 

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4º ano envia mensagens em Inglês de apoio à Turquia


No início deste ano, o 4º ano escreveu, em Inglês, uma cortina-mural com mensagens de carinho e gentileza que foram espalhadas pelo Colégio. A proposta que integra o ensino bilíngue curricular foi realizada no Valentine’s Day, como um desdobramento do projeto Collecting Peace, desenvolvido ao longo do 1º trimestre. 

Aluno do 4º ano desenha bandeira em mensagem em Inglês para a Turquia
Aluno do 4º ano faz a bandeira da Turquia

Em seguida, pesquisando sobre natural disasters em L2, as crianças conversavam sobre o terremoto devastador que havia acabado de atingir a Turquia, quando um aluno contou que suas avós fariam uma viagem pelo país.

Foi assim que decidiram que suas mensagens também poderiam ser um conforto para as pessoas de lá, numa demonstração de apoio e solidariedade, mesmo de tão longe. 

 

Aluna do 4º ano decora mensagem escrita em Inglês para os moradores da Turquia
Aluna do 4º ano decora mensagem para a Turquia

Assim, as cortinas da paz viajaram na mala das duas vovós, que escolheram um ponto estratégico para exibi-las: a movimentada praça Besiktas Meydani, em Istambul, às margens do Estreito de Bósforo, que corta a capital da Turquia e separa a Europa da Ásia.

Leia mais: Benefícios da formação bilíngue para crianças e jovens

 

 

Mensagens em Inglês feitas pelo 4º ano em praça de Istambul
Carta sobre o projeto Collecting Peace exposta em Istambul
As cortinas da paz expostas na praça Besiktas Meydani

 

De acordo com o relato das vovós mensageiras, “Istambul é a única cidade do mundo que pertence a dois continentes. Então, colocamos as mensagens nessas árvores, nesse local, porque ali chegam barcos trazendo pessoas de diversas localidades da região”.

E o mais incrível é que os recados realmente emocionaram quem passou por ali. Uma dessas pessoas leu o que eram aquelas mensagens, procurou o Colégio pelo Instagram e nos enviou esta mensagem:

 

 

“Olá! Vi suas mensagens por acaso em Besiktas Meydani, Istambul. Obrigado ao pessoal do 4º ano; foi muita consideração e delicadeza deles”.

As crianças ficaram muito felizes e tocadas quando souberam que suas mensagens chegaram tão longe e alcançaram seu objetivo inicial: espalhar amor e gentileza pelo mundo. 

Mensagem de agradecimento pelas mensagens em Inglês enviadas para a Turquia pelo 4º ano
As mensagens do 4º ano e o agradecimento pelo Instagram

 

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Projeto Saber Mais traz campeã olímpica ao Uirapuru


Ana Beatriz Correa, vice-campeã de vôlei nas Olimpíadas de Tóquio e nossa ex-aluna, conversou com alunos do Saber Mais, projeto do Rotary Sorocaba com Uirapuru para alunos de escola pública

 

Atleta olímpica do vôlei Ana Beatriz Correa conversa com alunos do projeto Saber Mais, do Rotary
Bia, da seleção brasileira de vôlei que foi vice-campeã nas Olimpíadas de Tóquio em 2021, estudou no Uirapuru e esteve no Colégio para conversar com alunos do Saber Mais

 

Nesta semana, teve início mais uma edição do projeto Saber Mais, parceria entre o Uirapuru e o Rotary Club de Sorocaba, em que alunos da 2ª e da 3ª série do Ensino Médio dão aulas de diversas disciplinas para um grupo do 9º ano da Escola Estadual Arquimínio Marques. A primeira aula do ano teve a participação da jogadora de vôlei Ana Beatriz Correa, que foi vice-campeã olímpica em Tóquio 2021 e é ex-aluna do Colégio.

A atleta, que foi convidada pelos alunos do Saber Mais, incentivou a turma a aproveitar ao máximo as oportunidades que acompanham as aulas no Uirapuru, que acontecem duas vezes por semana à tarde. Os vinte estudantes do Arquimínio selecionados neste ano também foram recebidos por Fabiana Garcia e Vito Pinheiro, de 15 anos, que hoje estão na 1ª série do Médio do Uirapuru e foram alunos do Saber Mais em 2022.

Leia mais: Conheça os aprovados do Uirapuru nos vestibulares 2023

Alunos do projeto Saber Mais, do Rotary de Sorocaba, na primeira aula de 2023
Ana Beatriz Correa, da seleção brasileira de vôlei, com alunos do projeto Saber Mais de 2023 e 2022

 

Do Saber Mais para o Uirapuru

Os dois sempre foram ótimos alunos e conquistaram bolsas do Instituto Ismart, que financia o Ensino Médio de alunos que vieram de escolas públicas em instituições particulares de excelência, como o Uirapuru. Eles contaram que, além do conteúdo das aulas, o Saber Mais amplia as perspectivas e possibilidades de estudo, porque os participantes conhecem muitas pessoas ao longo do ano, contam com a estrutura do Uirapuru e podem emprestar livros da biblioteca, por exemplo.

Alunos de 2022 do Saber Mais, do Rotary, que hoje estão no Ensino Médio do Uirapuru
Vito (à esq., em pé) e Fabi (à dir., em pé), que hoje estão no Ensino Médio do Uirapuru, contam sua experiência no Saber Mais 2022

 

Fabiana contou que uma aula de Ciências dada pelos alunos do Uirapuru abordou a mesma matéria da prova que teria no Arquimínio no dia seguinte, o que ajudou muito. “É legal porque a gente tem a visão do aluno sobre a matéria. Às vezes a gente não entende a matéria com o professor explicando, mas quando um aluno explica a partir do que ele entendeu, nas palavras dele, fica mais fácil”, ela explica.

Para Vito, foi uma pessoa do Rotary de Iperó, que conheceu por meio do Saber Mais, que o incentivou a participar do processo seletivo do Ismart. “Se não fosse por ela, eu não teria feito. Pelos relatos que eu tinha do processo, achava que não ia conseguir por ser muito difícil. Então, o incentivo das pessoas do Saber Mais me ajudou bastante”, relata o aluno.

 

Experiência humanizadora

Mas o Saber Mais também é um divisor de águas para os alunos tutores do Uirapuru, que se voluntariam para dar as aulas. “Eles recebem um certificado no final do ano, o que conta muito para entrar em universidades americanas, por exemplo, mas o que eles aprendem é infinitamente maior que isso”, diz a professora Renata Lima, responsável pelo Saber Mais no Uirapuru.

Ela conta que os alunos tutores, em duplas ou trios, escolhem uma disciplina de sua preferência e preparam toda a aula, trazendo recursos interativos e formatos diferentes para deixar a aula mais interessante para os alunos que assistem. “Eles podem procurar os professores da disciplina para ajudar, mas a maioria organiza a aula inteira mesmo.”

Renata avalia que a experiência também humaniza e amplia os horizontes dos alunos do Uirapuru, que têm a oportunidade de conhecer histórias e realidades de jovens muito diferentes das suas próprias. “Isso é muito enriquecedor, porque eles compartilham o que sabem, compartilham o tempo e se envolvem de verdade para ajudá-los. É bonito de ver a entrega e a dedicação deles com o Projeto”, finaliza.   

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